quinta-feira, 30 de julho de 2015

Carvalho: fundamental para um bom vinho

Você sabe qual é a importância da passagem por barrica de carvalho? Saiba nessa matéria os motivos pelos quais os vinhos ficam meses e mais meses descansando dentro de pipas/tonéis/barris/barricas feitos dessa madeira!
Carvalho francês
Nem sempre os recipientes de carvalho foram usados em benefício efetivo do vinho. Antigamente, eram apenas objetos que serviam de transporte e guarda da bebida, assim como eram para outros produtos. Mas, aos poucos, os barris foram ganhando muita utilidade. Os vinicultores perceberam que diferentes formatos, tamanhos, idades e madeiras utilizadas, agiam de forma distinta na bebida. A partir daí, o carvalho foi inserido como ingrediente fundamental para a melhor maturação do vinho. Ele afeta diretamente sua textura, sabor e cor. Esta última é intensificada pela reação entre taninos e antocianinas (pigmentos naturais responsáveis pela coloração). Os taninos pesados e rústicos dão lugar aos mais macios. O vinho se torna mais "redondo". Além disso, ganha mais estrutura e resistência por conta da micro-oxigenação. Diferente do envelhecimento em garrafa, a barrica possibilita o pequeno e controlado contato com o oxigênio, a chamada micro-oxigenação. Vale ressaltar que esse benefício é válido apenas na fase de elaboração da bebida. Depois de engarrafado, o vinho não deve ter contato com o oxigênio, por isso, o armazenamento do vinho na posição horizontal é tão importante. Dessa maneira, a rolha ficará sempre umedecida e inchada, impedindo a entrada de ar, que pode oxidá-lo.

As barricas de carvalho mais usadas, mais famosas - e mais caras - vêm da França e dos Estados Unidos. E, por elevarem a qualidade, o preço do rótulo também fica mais salgado. Durante sua "estadia" na barrica, o vinho absorve características fundamentais da madeira, qualificando-o em "aroma amadeirado" intenso ou mais suave; No paladar, pode se mostrar mais torrado ou queimado, dependendo do tempo e do tipo de barrica. Uma nova, por exemplo, tem mais utilidade do que uma mais velha, já que pode passar todas suas características num período médio de três anos. Depois disso, o barril se tornará neutro e não interferirá nas propriedades da bebida. Na verdade, quanto mais novo for o barril, mais o carvalho atuará no sabor do vinho. Uma barrica mais velha, já desgastada, só permitirá a micro-oxigenação e não agregará características à bebida. Nesse caso, quanto mais velho, não é melhor.

E os "chips"?

Assunto polêmico, muito criticado e outras vezes defendido pelos entusiastas de vinho. O uso dos chips é uma alternativa barata para os vinicultores e enólogos que não querem investir no carvalho. Retalhos de madeira, serragem, ou seja, tudo o que sobrar do carvalho pode ser reaproveitado e colocado em contato com o vinho em algumas etapas - desde a sua fermentação até sua finalização. A vantagem? Transferir um pouco do gosto de carvalho ao vinho, mas claro, sem as mesmas qualidades e benefícios das barricas de carvalho. Existem países que não aceitam esse método, mas outros usam e abusam dos chips nos vinhos mais baratos.

E você, consegue perceber a diferença entre um vinho amadurecido em barrica de carvalho e um sem passagem por ela?
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